domingo, 23 de maio de 2021

Poema Infância

INFÂNCIA

 

Junto de vós, oh cândidas crianças,

Almas felizes, que o ideal encerra,

Sinto ressuscitar-me as esperanças

Do seio bom da minha amada terra.

 

Aqui o meu passado se descerra,

Através de saudades e lembranças:

Recordo a infância, o lar distante, e a

[seria,

Nuvens doirando o céo, paisagens

[mansas.

 

A saracura a soluçar no brejo,

Depois, o enxame azul dos pirilampos

Brilhando sobre o espelho dos regatos...

Ai como eu vos estimo e vos invejo:

Soltando papagaio pelos campos

Ou armando arapucas pelos mattos!

 

COUTINHO, Franklin. Infância. O Itaborahyense, Itaboraí, ano 26, n. 1.278, domingo, p. 2, 13 ago. 1920. 

https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/15345/2019%20Disserta%E7%E3o%20Regina%20Coeli%20Alcantara%20Silva.pdf;jsessionid=C541DDD905D38EB45CB95A32111D7346?sequence=1