INFÂNCIA
Junto
de vós, oh cândidas crianças,
Almas
felizes, que o ideal encerra,
Sinto
ressuscitar-me as esperanças
Do
seio bom da minha amada terra.
Aqui
o meu passado se descerra,
Através
de saudades e lembranças:
Recordo
a infância, o lar distante, e a
[seria,
Nuvens
doirando o céo, paisagens
[mansas.
A
saracura a soluçar no brejo,
Depois,
o enxame azul dos pirilampos
Brilhando
sobre o espelho dos regatos...
Ai
como eu vos estimo e vos invejo:
Soltando
papagaio pelos campos
Ou
armando arapucas pelos mattos!
COUTINHO, Franklin. Infância. O Itaborahyense, Itaboraí, ano 26, n. 1.278, domingo, p. 2, 13 ago. 1920.